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Como investidores iniciantes impactaram nas mudanças na bolsa de valores?

A maneira de agir e comprar dos novos investidores acabou significando em novos produtos e causando mudanças na bolsa de valores.

A predominância de ativos ligados ao setor financeiro e de commodities ainda é visível. Porém, setores ligados ao cotidiano dos investidores, como  o tecnológico e o de saúde, vêm ganhando cada vez mais espaço entre a carteira de ativos dos investidores de renda variável.

Essas mudanças no mercado podem ser atribuídas a diversos motivos, mas entre um dos principais, a chegada dos novos investidores vem sendo um dos fatores decisivos, principalmente levando em conta o crescimento de registros de pessoas físicas na Bolsa de Valores. 

Segundo a B3, o número de investidores desde 2020 operando de forma direta está em 1 milhão/mês. E a quantidade de contas de pessoas físicas também segue crescendo. Atualmente, o montante é 20% maior em comparação a três anos atrás.

Motivos que ocasionaram mudanças na bolsa

O mercado ainda tem a predominância de ações do setor financeiro e de commodities, como o Banco do Brasil (BBAS3), Itaú (ITUB4) e Vale (VALE3). Porém, negócios de outros setores que fazem parte do cotidiano dos investidores estão cada vez se fazendo mais presentes.

Entre um dos segmentos que vem ganhando cada vez mais destaque e foge um pouco do mercado habitual dos investidores é o de saúde. Empresas como Qualicorp (QUAL3), Rede D’Or (RDOR3) e Alliar (AALR3) vêm ganhando destaque e abrindo margem para outros negócios também abrirem capital nos próximos ciclos de IPO.

Além da saúde, o setor de tecnologia também demonstrou crescimento

Entre as ofertas iniciais de ações (IPOs) feitas em neste ano, algumas das mais rentáveis foram justamente de companhias do setor de tecnologia, como a Intelbras (INTB3), que em um semestre subiu 82% em relação ao seu preço inicial, ou a Allied (ALLD3), que saltou 66% na mesma lacuna de tempo.

Além disso, o destaque especial também fica com o Méliuz (CASH3) que, em menos de um ano de estreia na Bolsa, teve crescimento em mais de 400% dos ativos, contou com desdobramento de ações e atualmente é um dos negócios pertencentes ao índice Ibovespa. 

“Acredito que há uma relação grande. Uma empresa que faz parte do cotidiano acaba sempre tendo mais apelo ao investidor pessoa física. Uma produtora de insumos, por exemplo, não possui tanto apelo para investimento, já que não fica tão evidente no dia a dia do investidor”, disse o gestor da Rio Verde Investimentos, Eduardo Cavalheiro.

Segundo especialistas, essa diversificação no mercado financeiro deve fazer a bolsa e corretoras passarem por uma mudança significativa, trazendo um portfólio de ações bem mais variado.

Por isso, as mudanças na Bolsa se tornarão cada vez mais frequentes, sempre de acordo com as necessidades e buscas dos investidores para aumentar o patrimônio de forma direta.

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