Economia

Setor público registra superávit de R$ 14,1 bilhões em abril

O setor público consolidado brasileiro registrou superávit primário de R$ 14,1 bilhões em abril de 2025, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (31) pelo Banco Central. O resultado ficou acima do registrado no mesmo mês de 2024, quando o superávit foi de R$ 6,7 bilhões.

O Governo Central foi responsável pela maior parte do resultado, com superávit de R$ 16,2 bilhões. Por outro lado, os governos regionais e as empresas estatais registraram déficits de R$ 659 milhões e R$ 1,4 bilhão, respectivamente.

No acumulado em doze meses, o setor público consolidado apresentou déficit primário de R$ 6 bilhões, equivalente a 0,05% do PIB, uma melhora frente ao déficit de R$ 13,5 bilhões (0,11% do PIB) registrado até março.

Juros nominais e resultado nominal
Os juros nominais do setor público somaram R$ 69,7 bilhões em abril, abaixo dos R$ 76,3 bilhões de abril de 2024. A redução foi influenciada pelos ganhos nas operações de swap cambial, que totalizaram R$ 15,8 bilhões no mês, revertendo as perdas de R$ 11,2 bilhões em abril de 2024. Esse efeito compensou, em parte, os impactos da elevação da Selic, do IPCA e do aumento do estoque da dívida.

O resultado nominal, que inclui o saldo primário e os juros nominais, foi deficitário em R$ 55,5 bilhões no mês. Em 12 meses, o déficit nominal acumulado ficou em R$ 934,4 bilhões, o equivalente a 7,76% do PIB, ligeiramente abaixo dos 7,92% observados até março.

O que é o superávit primário?
O superávit primário ocorre quando as receitas do governo superam suas despesas, desconsiderando os gastos com juros da dívida pública. Esse indicador é uma medida importante da saúde fiscal, pois mostra a capacidade do governo de gerar recursos para pagar parte de seus compromissos financeiros.

Por que esse dado importa?
O resultado primário é acompanhado de perto por investidores, analistas e agências de risco, pois reflete o comprometimento do governo com a sustentabilidade fiscal. Superávits ajudam a conter o crescimento da dívida pública e podem influenciar decisões de política monetária, juros e câmbio.

Fonte: Banco Central do Brasil


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