Alcoa Fecha 2024 com Crescimento de 34% na Receita do 4º Trimestre, Mas Ações Sobem Apenas 12% no Ano

O relatório da Alcoa para o quarto trimestre e o ano completo de 2024 destaca um desempenho financeiro sólido, com crescimento significativo em receita, lucro líquido e EBITDA ajustado. Apesar dos avanços operacionais e estratégicos, as ações da empresa subiram apenas 12% no ano, refletindo uma resposta cautelosa dos investidores devido a desafios macroeconômicos e operacionais.

Resumo dos Principais Resultados

Quarto Trimestre de 2024:

Lucro por Ação (LPA): US$ 1,04, superando a estimativa de US$ 0,93.
Receita: US$ 3,49 bilhões (+20% sequencial e +34,34% anual).
Lucro Líquido Ajustado: US$ 276 milhões (+104% sequencial).
EBITDA Ajustado: US$ 677 milhões (+49% sequencial).

Ano Completo de 2024:

Receita Total: US$ 11,9 bilhões (+13% anual).
Lucro Líquido Ajustado: US$ 296 milhões, ou US$ 1,35 por ação.
EBITDA Ajustado: US$ 1,6 bilhão (+196% anual).

Fatores que Impactaram os Resultados

Produção e Remessas:
- Diminuição de 8% na produção de alumina devido à redução na refinaria de Kwinana.
- Aumento de 5% na produção de alumínio, impulsionado pelo reinício de operações em Alumar (Brasil) e Warrick (EUA).
Custos e Reestruturação:
- Encargos relacionados à refinaria de Kwinana impactaram os custos operacionais.
- Benefícios fiscais, como o crédito IRA 45X, ajudaram a compensar parcialmente o aumento nos custos.
Investimentos e Aquisições:
- Conclusão da aquisição da Alumina Limited e venda de participação na Ma’aden.
- Captação de US$ 737 milhões em títulos verdes para projetos sustentáveis.
Mercado e Preços:
- Preços realizados mais altos para alumina e alumínio impulsionaram a receita, mas a volatilidade do mercado de commodities continua sendo um desafio.

Perspectivas para 2025

A Alcoa projeta:

Produção de Alumina: Entre 9,5 e 9,7 milhões de toneladas métricas (redução em relação a 2024).
Produção de Alumínio: Entre 2,3 e 2,5 milhões de toneladas métricas (aumento em relação a 2024).
Remessas de Alumínio: Entre 2,6 e 2,8 milhões de toneladas métricas.

A empresa espera desafios no primeiro trimestre de 2025, incluindo:

Impactos desfavoráveis de US$ 60 milhões no segmento de Alumínio devido à ausência de benefícios fiscais do IRA 45X e preços sazonais mais baixos no Brasil.
Aumento de despesas relacionadas ao programa ELYSIS™.