Economia

PMI de Serviços S&P cai para 52,9 nos EUA em junho

O que é o PMI de Serviços?
O PMI de Serviços (Purchasing Managers’ Index) é um indicador mensal que mede o desempenho do setor de serviços, com base em entrevistas com gerentes de compras de empresas de segmentos como finanças, saúde, turismo, tecnologia, educação, transporte, entre outros.

Nos Estados Unidos, esse índice é divulgado pela S&P Global e representa um importante termômetro da atividade econômica, já que o setor de serviços responde por mais de dois terços do PIB do país.

Como é calculado o PMI de Serviços?
O índice é baseado em cinco subcomponentes:

  1. Novos pedidos: indica a variação na demanda por serviços.
  2. Atividade empresarial (produção): mede o volume de serviços prestados.
  3. Emprego: avalia se há aumento ou corte de pessoal.
  4. Custos de insumos: monitora os preços pagos pelas empresas.
  5. Expectativas futuras: mede o nível de otimismo com relação à atividade nos próximos 12 meses.

O índice varia de 0 a 100:

  • Leituras acima de 50 indicam expansão da atividade.
  • Leituras abaixo de 50 apontam para contração.

Resultado de junho de 2025

  • O PMI de Serviços S&P caiu para 52,9 pontos em junho, abaixo dos 53,1 pontos esperados pelo mercado e da leitura de 53,7 registrada em maio.
  • Apesar do recuo, o índice permanece acima de 50, indicando que o setor de serviços segue em expansão, embora em ritmo mais moderado.

Principais destaques do relatório

  • Novos negócios: continuaram crescendo, sustentados pela alta na demanda doméstica, que compensou a nova contração nos pedidos de exportação.
  • Exportações: afetadas por preocupações com tarifas, que continuam prejudicando o comércio internacional de serviços.
  • Custos operacionais: aumentaram, pressionados tanto por tarifas quanto por elevação dos salários, o que levou a um avanço nos preços cobrados aos clientes (output charges).
  • Emprego: as empresas continuaram a contratar pelo quarto mês consecutivo, mantendo o otimismo com a capacidade operacional.
  • Confiança futura: caiu, com os prestadores de serviços expressando incerteza sobre os impactos das políticas tarifárias no desempenho futuro.


O resultado de junho sinaliza que, apesar da desaceleração, a atividade no setor de serviços americano segue resiliente, impulsionada principalmente pela demanda interna sólida. Contudo, o ambiente de incerteza política e comercial está afetando a confiança das empresas, que se mostram mais cautelosas quanto ao futuro.

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