
PMI de Serviços S&P cai para 49,3 no Brasil em junho
O que é o PMI de Serviços?
O PMI de Serviços é uma variação do Índice de Gerentes de Compras (Purchasing Managers’ Index), focado especificamente no setor de serviços — que inclui atividades como comércio, transporte, educação, saúde, turismo, tecnologia, finanças e administração pública. Esse setor representa a maior parcela da economia brasileira.
O índice é compilado pela S&P Global com base em respostas de gestores de empresas, que avaliam mensalmente variáveis como novos negócios, produção, emprego, prazos de entrega e estoques.
Como é calculado o PMI de Serviços?
O PMI de Serviços considera cinco subíndices principais:
- Novos pedidos: avalia a demanda recebida no período.
- Atividade empresarial: reflete o volume de serviços prestados.
- Emprego: mede contratações e demissões.
- Custos de insumos: acompanha a evolução dos preços pagos por bens e serviços.
- Sentimento futuro: mede o otimismo das empresas quanto à atividade futura.
A leitura final é expressa em uma escala de 0 a 100:
- Acima de 50: expansão da atividade.
- Abaixo de 50: retração da atividade.
Resultado de junho de 2025
- O PMI de Serviços S&P no Brasil caiu para 49,3 pontos, frente aos 49,6 registrados em maio, e abaixo das expectativas do mercado, de 49,8.
- É o terceiro mês consecutivo de contração no setor de serviços brasileiro.
- O resultado também encerra o pior desempenho trimestral desde o segundo trimestre de 2021, indicando dificuldades persistentes no setor.
Destaques dos subíndices
- Novos pedidos: caíram pelo terceiro mês seguido, refletindo fraqueza na demanda.
- Atividade empresarial: seguiu pressionada pela menor procura.
- Emprego: apresentou crescimento pelo oitavo mês consecutivo, sinalizando resiliência das empresas na manutenção da força de trabalho.
- Preços de insumos: aceleraram marginalmente, com destaque para aumentos em produtos de limpeza, materiais de construção, mão de obra, alimentos, combustíveis e contas de água e luz.
- Preços de venda: apresentaram menor ritmo de alta, devido à pressão da concorrência e da baixa demanda.
- Confiança empresarial: recuou para o nível mais baixo em três meses, influenciada por preocupações com juros altos, concorrência acirrada e incertezas relacionadas às eleições.
A leitura de junho reforça o quadro de desaceleração no setor de serviços, afetado por demanda fraca e custos elevados. Apesar da manutenção dos níveis de emprego, a baixa confiança e a retração de novos pedidos indicam cautela das empresas quanto ao cenário de curto prazo.