Economia

PIB do Brasil cresce 1,4% no 1º trimestre de 2025

PIB brasileiro avança 1,4% no 1T25 frente ao 4T24, em linha com as expectativas. Na comparação anual, a alta foi de 2,9%, abaixo do esperado.


Destaques operacionais

  • PIB cresceu 1,4% no 1º trimestre de 2025 frente ao 4º trimestre de 2024, com ajuste sazonal.
  • Na comparação anual, o PIB avançou 2,9%, abaixo das expectativas de 3,2%.
  • Agropecuária teve forte alta de 12,2% no trimestre e 10,2% na comparação anual.
  • Indústria ficou estável no trimestre (-0,1%) e cresceu 2,4% na comparação anual.
  • Serviços subiram 0,3% no trimestre e 2,1% na comparação anual.
  • Formação Bruta de Capital Fixo (investimentos) avançou 9,1% na comparação anual.
  • PIB acumulado em 4 trimestres subiu 3,5%.

Resultados do 1º trimestre de 2025

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,4% no 1º trimestre de 2025 em relação ao 4º trimestre de 2024, segundo dados divulgados pelo IBGE. O resultado veio em linha com as expectativas do mercado, que também projetavam alta de 1,4%, e ficou acima da expansão de 0,2% registrada no trimestre anterior.

Na comparação com o 1º trimestre de 2024, o PIB subiu 2,9%, abaixo das projeções de 3,2% e do crescimento de 3,6% observado no mesmo período do ano anterior.

O PIB totalizou R$ 3,0 trilhões no trimestre, sendo R$ 2,6 trilhões referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 431,1 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. A taxa de investimento subiu para 17,8% do PIB, ante 16,7% no 1T24, enquanto a taxa de poupança ficou em 16,3%, acima dos 15,5% registrados no mesmo trimestre do ano anterior.


Desempenho por segmento

Pela ótica da produção:

  • Agropecuária: cresceu 12,2% no trimestre e 10,2% na comparação anual, impulsionada pela boa safra de soja (13,3%), milho (11,8%), arroz (12,2%) e fumo (25,2%).
  • Indústria: teve variação de -0,1% no trimestre e crescimento de 2,4% na comparação anual. Destaques:
    • Construção: +3,4% na comparação anual, com sexta alta consecutiva.
    • Indústria de Transformação: +2,8% no ano, puxada por máquinas, metalurgia, químicos e farmacêuticos.
    • Eletricidade e gás, água e gestão de resíduos: +1,5% no trimestre e +1,6% no ano.
    • Indústrias Extrativas: +2,1% no trimestre, mas estabilidade no ano (+0,2%).
  • Serviços: crescimento de 0,3% no trimestre e 2,1% na comparação anual. Destaques no ano:
    • Informação e comunicação: +6,9%
    • Atividades imobiliárias: +2,8%
    • Outras atividades de serviços: +2,5%
    • Comércio: +2,1%
    • Financeiras e seguros: +2,1%
    • Transporte e armazenagem: +1,1%
    • Administração pública: +0,5%

Pela ótica da demanda:

  • Consumo das Famílias: +1,0% no trimestre e +2,6% na comparação anual, impulsionado pelo aumento da massa salarial e maior crédito disponível, apesar dos juros elevados.
  • Consumo do Governo: estabilidade no trimestre (+0,1%) e alta de 1,1% na comparação anual.
  • Formação Bruta de Capital Fixo (investimentos): +3,1% no trimestre e +9,1% na comparação anual, puxada pela construção civil, importação de plataformas de petróleo e desenvolvimento de softwares.
  • Exportações: +2,9% no trimestre e +1,2% na comparação anual.
  • Importações: +5,9% no trimestre e +14,0% na comparação anual.

PIB acumulado em quatro trimestres

Nos quatro trimestres encerrados em março de 2025, o PIB cresceu 3,5% em relação aos quatro trimestres anteriores. O Valor Adicionado subiu 3,2%, enquanto os Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios cresceram 5,2%.

Por atividade, os destaques foram:

  • Agropecuária: +1,8%
  • Indústria: +3,1%, com crescimento em Construção (+4,6%), Transformação (+4,0%) e Eletricidade e gás (+2,4%). Indústrias Extrativas recuaram (-0,8%).
  • Serviços: +3,3%, com destaques para Informação e comunicação (+6,6%), Outras atividades de serviços (+4,6%) e Comércio (+3,6%).

Pela demanda, destaque para:

  • Consumo das Famílias: +4,2%
  • Consumo do Governo: +1,2%
  • Formação Bruta de Capital Fixo: +8,8%
  • Exportações: +1,8%
  • Importações: +15,6%

As expectativas para os próximos meses seguem moderadas, com projeções que dependem da evolução da taxa de juros, da política fiscal e da manutenção do ritmo dos investimentos, especialmente na infraestrutura e no setor de tecnologia.


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