Economia

Ofertas no mercado de capitais somam R$ 246,4 bilhões até maio, queda de 10,5%

O volume total de ofertas no mercado de capitais brasileiro atingiu R$ 246,4 bilhões entre janeiro e maio de 2025, segundo dados divulgados pela ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). O montante representa queda de 10,5% em comparação ao mesmo período de 2024, indicando uma acomodação do mercado após meses de recordes consecutivos. Apenas em maio, foram captados R$ 43,6 bilhões.

As debêntures seguem como o principal instrumento de captação, com R$ 155,5 bilhões emitidos no ano, registrando leve queda de 3,2% em relação ao mesmo intervalo do ano anterior. Os recursos foram majoritariamente destinados a investimentos em infraestrutura (39,9%), pagamento de dívidas (21,6%) e gestão ordinária (16,1%). O prazo médio das emissões subiu para 9,2 anos, acima dos 7,5 anos verificados no mesmo período de 2024.

As notas comerciais, alternativa de captação voltada a empresas de menor porte com menos exigências burocráticas, somaram R$ 10,7 bilhões no acumulado do ano, um crescimento expressivo de 41,5% na comparação anual.

No segmento de securitização, os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) movimentaram R$ 30,4 bilhões, queda de 8,0% frente ao ano passado. Os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) somaram R$ 18,3 bilhões, enquanto os CRAs (do Agronegócio) atingiram R$ 12,1 bilhões, com recuos de 32,5% e 29,0%, respectivamente.

No campo dos títulos híbridos, os FIIs (Fundos Imobiliários) movimentaram R$ 13,0 bilhões, representando queda de 44,3%, enquanto os Fiagros (Fundos do Agronegócio) totalizaram R$ 1,7 bilhão, alta de 30,9% na comparação com os primeiros cinco meses de 2024.

Na renda variável, o mercado registrou R$ 3,5 bilhões em operações de follow-on no acumulado de 2025, valor 27,8% inferior ao apurado no mesmo intervalo do ano anterior, embora tenha marcado o terceiro mês consecutivo com esse tipo de oferta.

No mercado externo, as ofertas de renda fixa somaram US$ 13,1 bilhões em 2025, um crescimento de 18,7%. As empresas lideraram entre os emissores, respondendo por 59,2% do total, seguidas por instituições financeiras (21,9%) e pela República (18,8%).

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo