Economia

IPCA-15 acumula alta de 5,40% na comparação anual

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) acumulou alta de 5,40% nos 12 meses até maio de 2025, ficando abaixo das expectativas do mercado (5,49%) e da taxa registrada no período anterior (5,49%). Na comparação mensal, o índice subiu 0,36%, também abaixo das expectativas de 0,44% e da alta de 0,43% observada em abril.

Desempenho por grupos
Dos nove grupos pesquisados, Transportes (-0,29%) e Artigos de residência (-0,07%) registraram deflação. Os maiores aumentos vieram de Vestuário (0,92%), impulsionado pela alta de roupas femininas (1,56%), Saúde e cuidados pessoais (0,91%), refletindo o reajuste autorizado nos medicamentos, e Habitação (0,67%), impactado pela cobrança da bandeira tarifária amarela na energia elétrica.

No grupo Alimentação e bebidas (0,39%), houve desaceleração na alimentação no domicílio, com quedas no tomate (-7,28%), arroz (-4,31%) e frutas (-1,64%), apesar das altas na batata (21,75%), cebola (6,14%) e café moído (4,82%).

O grupo Transportes foi pressionado pela queda nas passagens aéreas (-11,18%) e tarifas de ônibus em algumas cidades, como Brasília e Belém, que implementaram gratuidade aos domingos e feriados.

Desempenho regional
• Maior alta: Goiânia (0,79%), puxada pelos aumentos no etanol (11,84%) e na gasolina (4,11%).
• Menor alta: Curitiba (0,18%), influenciada pela queda nas passagens aéreas (-10,13%) e nas frutas (-4,13%).

O que é o IPCA-15?
O IPCA-15 é uma prévia da inflação oficial do país, o IPCA. Ele mede a variação dos preços para famílias com renda de 1 a 40 salários-mínimos, abrangendo 11 regiões metropolitanas e o município de Goiânia. A principal diferença em relação ao IPCA é o período de coleta dos dados, que no IPCA-15 ocorre do dia 15 do mês anterior ao dia 15 do mês de referência.

Por que esse dado é importante?
O IPCA-15 serve como um termômetro antecipado da inflação no país, impactando diretamente as expectativas do mercado, as decisões de política monetária do Banco Central e o poder de compra das famílias. Desacelerações, como a observada, podem indicar menor pressão inflacionária no curto prazo.

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