
Índice de preços ao produtor (PPI) sobe 5,78% na base anual em maio no Brasil
O que é o Índice de Preços ao Produtor (PPI)?
O Índice de Preços ao Produtor (PPI), oficialmente denominado Índice de Preços ao Produtor das Indústrias Extrativas e de Transformação (IPP), mede a variação média dos preços dos produtos “na porta de fábrica”, ou seja, sem impostos, fretes ou margens de comercialização.
O IPP é calculado mensalmente pelo IBGE e cobre 24 atividades industriais, agrupadas em três grandes categorias econômicas: bens de capital, bens intermediários e bens de consumo (duráveis e não duráveis). O índice é um importante termômetro da inflação ao longo da cadeia produtiva.
Como é calculado o PPI?
A metodologia considera as variações de preços recebidos pelas indústrias por seus produtos vendidos no mercado interno.
As análises são feitas:
- Na comparação mensal: mostra a variação frente ao mês anterior.
- No acumulado no ano: desde janeiro até o mês de referência.
- No acumulado em 12 meses: variação frente ao mesmo mês do ano anterior.
- Por influência e variação: mostra os setores com maior peso no índice e aqueles com as maiores mudanças percentuais.
Resultado de maio de 2025
- O PPI subiu 5,78% na comparação anual, abaixo das expectativas de 6,7% e da taxa de 7,27% registrada em abril.
- Na comparação mensal, o índice caiu -1,29%, também abaixo das expectativas (-0,20%) e da variação de abril (-0,36%).
- No acumulado do ano, o índice registra queda de -1,97%, o segundo menor resultado para maio desde o início da série histórica, em 2014.
Desempenho por setores industriais – maio (mensal)
- Maiores quedas:
- Metalurgia: -3,46%
- Outros produtos químicos: -3,11%
- Indústrias extrativas: -3,03%
- Único destaque positivo:
- Impressão: +4,36%
Principais influências negativas no índice mensal
- Alimentos: -0,34 ponto percentual (p.p.)
- Refino de petróleo e biocombustíveis: -0,28 p.p.
- Outros produtos químicos: -0,26 p.p.
- Metalurgia: -0,23 p.p.
Acumulado em 12 meses – maio 2025 x maio 2024
- O PPI registra alta de 5,78%, ante 7,54% em abril.
- Setores com maiores altas:
- Impressão: +17,88%
- Outros equipamentos de transporte: +11,15%
- Alimentos: +10,99%
- Metalurgia: +10,04%
- Setores com maior influência:
- Alimentos: +2,67 p.p.
- Outros produtos químicos: +0,73 p.p.
- Metalurgia: +0,62 p.p.
- Indústrias extrativas: -0,36 p.p. (única influência negativa entre os destaques)
Desempenho por grandes categorias econômicas
- Maio (mensal):
- Bens de capital: -0,02%
- Bens intermediários: -2,37%
- Bens de consumo: 0,00%
- Bens de consumo duráveis: +0,35%
- Bens de consumo semiduráveis e não duráveis: -0,07%
- Acumulado no ano (jan-mai):
- Bens de capital: -0,02%
- Bens intermediários: -4,37%
- Bens de consumo: +1,21%
- Bens de consumo duráveis: +1,83%
- Bens de consumo semiduráveis e não duráveis: +1,09%
- Acumulado em 12 meses:
- Bens de capital: +5,94%
- Bens intermediários: +3,61%
- Bens de consumo: +8,93%
- Duráveis: +4,32%
- Semiduráveis e não duráveis: +9,86%
Análise por setores em destaque
- Indústrias extrativas: -3,03% no mês, -15,03% no ano e -7,62% em 12 meses. Apesar do recuo, “minério de ferro” subiu, enquanto “óleos brutos de petróleo” seguiram em queda.
- Alimentos: queda de -1,33% no mês, puxada por açúcar e derivados de soja; no ano, acumula -2,81%; em 12 meses, +10,99%.
- Refino de petróleo: -2,77% no mês, -2,98% no ano, e +0,68% em 12 meses; destaque negativo para o preço do óleo diesel.
- Outros produtos químicos: -3,11% no mês, +0,34% no ano e +9,36% em 12 meses; influenciado por quedas em fertilizantes e resinas.
- Metalurgia: -3,46% no mês, -8,55% no ano, e ainda +10,04% em 12 meses; principal influência negativa veio de produtos de alumínio.