
Dívida bruta diminui para 75,9% do PIB, abaixo das expectativas de 76,3%
A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) recuou para 75,9% do PIB em março de 2025, totalizando R$ 9,1 trilhões. O dado ficou abaixo das expectativas do mercado (76,3%) e da taxa registrada em fevereiro (76,2%), segundo o Banco Central. A DBGG engloba as dívidas do governo federal, dos estados, municípios e da Previdência Social (INSS), sem descontar os ativos financeiros do setor público.
Apesar da queda na dívida bruta, os juros nominais do setor público consolidado (valor pago com a dívida pública, apropriado por competência) somaram R$ 75,2 bilhões em março, acima dos R$ 64,2 bilhões registrados no mesmo mês de 2024. Em 12 meses, os juros alcançaram R$ 935,0 bilhões, equivalentes a 7,80% do PIB, frente aos R$ 745,7 bilhões (6,71% do PIB) no período anterior.
Já o resultado nominal — que considera o déficit primário (despesas maiores que receitas, excluindo juros) mais os juros nominais — foi negativo em R$ 71,6 bilhões no mês. No acumulado de 12 meses, o déficit nominal atingiu R$ 948,5 bilhões (7,92% do PIB), levemente acima dos R$ 939,8 bilhões (7,91% do PIB) registrados até fevereiro.
Entenda os termos:
- Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG): É o total de obrigações do setor público antes de descontar seus ativos financeiros.
- Juros nominais apropriados por competência: São os juros contabilizados no mês, mesmo que ainda não pagos.
- Resultado nominal: Soma do déficit primário com os juros da dívida pública.