Dívida Bruta Cai para 76,1% do PIB, Abaixo das Expectativas de 77%
O Que é a Dívida Bruta?
A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) representa o total de obrigações financeiras do setor público, incluindo o governo federal, o INSS e os governos estaduais e municipais. Esse indicador é importante porque reflete a capacidade do país de administrar suas contas públicas e sustentar sua dívida ao longo do tempo.
Resultado de Dezembro
Em dezembro de 2024, a dívida bruta caiu para 76,1% do PIB, abaixo da expectativa de 77% e inferior ao nível de 77,7% registrado em novembro. Essa redução indica uma melhora no indicador no curto prazo, ainda que a dívida tenha aumentado ao longo do ano.
Evolução da Dívida em 2024
Apesar da queda em dezembro, no acumulado do ano, a relação dívida/PIB aumentou 2,2 pontos percentuais (p.p.). Esse crescimento foi influenciado por diversos fatores:
- Juros nominais (+7,5 p.p.): O pagamento de juros sobre a dívida aumentou seu peso em relação ao PIB.
- Desvalorização cambial (+1,0 p.p.): A variação do câmbio impactou o valor da dívida externa do governo.
- Reconhecimento de dívidas (+0,3 p.p.): Algumas obrigações financeiras foram incorporadas ao total da dívida.
- Resgates líquidos de dívida (-0,9 p.p.): O governo conseguiu pagar parte da dívida, reduzindo seu impacto.
- Ajustes na dívida externa (-0,2 p.p.): Outros fatores técnicos influenciaram o saldo da dívida.
- Crescimento do PIB nominal (-5,4 p.p.): Como o PIB cresceu ao longo do ano, a relação dívida/PIB foi reduzida.
Queda da Dívida em Dezembro
A redução mensal de 1,6 p.p. da dívida em dezembro foi explicada por:
- Resgates líquidos de dívida (-1,7 p.p.): O governo quitou mais dívidas do que contraiu.
- Crescimento do PIB nominal (-0,7 p.p.): A expansão da economia ajudou a reduzir o peso da dívida no PIB.
- Desvalorização cambial (+0,1 p.p.): Pequena influência da variação do câmbio.
- Juros nominais incorporados (+0,7 p.p.): O acúmulo de juros adicionou pressão sobre a dívida.
Conclusão
A redução da dívida em dezembro de 2024 foi um resultado positivo, mas a elevação ao longo do ano mostra que o endividamento continua sendo um desafio para a política fiscal do país. O crescimento da economia e o pagamento de obrigações ajudaram a reduzir a relação dívida/PIB, enquanto os juros elevados e a desvalorização do real aumentaram o peso da dívida.
