Economia

Correios registram prejuízo de R$ 1,72 bilhão no 1T25

Os Correios reportaram prejuízo de R$ 1,720 bilhão no primeiro trimestre de 2025 (1T25), aumento de 114,8% na comparação com o 1T24, quando as perdas somaram R$ 801 milhões.

De acordo com o balanço divulgado nesta segunda-feira (3), o patrimônio líquido ficou negativo em R$ 6 bilhões ao fim de março.

A receita líquida de vendas e serviços totalizou R$ 3,949 bilhões no 1T25, queda de 12,3% em relação aos R$ 4,501 bilhões do mesmo período do ano anterior. A companhia informou que o desempenho reflete a combinação de redução na receita e aumento nas despesas.

As despesas com salários e encargos sociais somaram R$ 2,206 bilhões no 1T25, alta de 36,7% em comparação aos R$ 1,612 bilhão registrados em dezembro de 2024. O principal aumento ocorreu na linha de INSS patronal, que passou de R$ 140,5 milhões para R$ 616,9 milhões, crescimento de 339%.

As despesas com salários avançaram de R$ 1,21 bilhão para R$ 1,31 bilhão, enquanto os encargos sociais totais aumentaram de R$ 390 milhões para R$ 893 milhões no período.

A companhia informou que está implementando um plano de reestruturação, com previsão de redução de R$ 1,5 bilhão em despesas em 2025, além do lançamento do marketplace Mais Correios e de medidas relacionadas à reestruturação operacional e transformação ecológica, incluindo a substituição da frota por veículos sustentáveis.

O Programa de Desligamento Voluntário (PDV/2024) permanece em vigor. Até março, 3.472 empregados aderiram ao programa, representando um custo estimado de R$ 316 milhões. Desse total, 392 desligamentos já foram realizados, com impacto de R$ 36,3 milhões.

Em 2024, os Correios encerraram o ano com prejuízo de R$ 2,6 bilhões, frente ao prejuízo de R$ 597 milhões em 2023. O resultado de 2024 representou mais da metade do déficit consolidado das estatais federais no período.

A companhia informou que as medidas em andamento têm como objetivo ajustar a estrutura de custos e buscar equilíbrio financeiro, incluindo negociações para novos contratos comerciais.

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