
China pede que EUA “corrijam imediatamente seus erros” e interrompam medidas “discriminatórias”
O Ministério do Comércio da China criticou as novas orientações do governo dos Estados Unidos que recomendam às empresas americanas evitar o uso de chips de inteligência artificial fabricados por companhias chinesas, como os modelos Ascend da Huawei.
Segundo comunicado oficial, as medidas “minaram os resultados alcançados nas negociações bilaterais em Genebra” e foram classificadas como ações “discriminatórias” que violam os princípios de concorrência justa. A China pediu que os EUA corrijam “imediatamente seus erros” e afirmou que adotará “medidas resolutas” caso as restrições sejam mantidas.
As declarações ocorrem após avanços registrados em negociações econômicas entre os dois países. Em 14 de maio, China e Estados Unidos concordaram em reduzir temporariamente tarifas comerciais como parte de um esforço para estabilizar as relações bilaterais. As tarifas norte-americanas sobre produtos chineses foram reduzidas de 145% para 30%, enquanto a China reduziu suas tarifas de 125% para 10%, com validade inicial de 90 dias.
O acordo firmado em Genebra também incluiu o compromisso de ambos os países em suspender novas medidas não tarifárias e manter um canal contínuo de diálogo econômico. Segundo autoridades chinesas, as novas ações dos EUA desrespeitam esse entendimento e comprometem a confiança construída nas conversas recentes.