IPCA acumula alta de 5,48% na comparação anual em março

O que é o IPCA?
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o indicador oficial da inflação no Brasil. Ele mede a variação de preços de uma cesta de bens e serviços consumidos pelas famílias brasileiras, abrangendo diferentes categorias como alimentação, habitação, vestuário, transporte e saúde. O IPCA é utilizado pelo Banco Central para definir a meta da política monetária e por outros órgãos como referência para ajustar salários e benefícios.

Resultado de Março de 2025
O IPCA registrou uma alta de 5,48% nos últimos 12 meses até março de 2025, acima da taxa de 5,06% registrada em fevereiro, mas em linha com as expectativas de mercado. Na comparação mensal, o índice apresentou uma alta de 0,56%, abaixo dos 1,31% de fevereiro, também conforme as previsões.

Contribuições dos Grupos de Produtos e Serviços
Todos os nove grupos pesquisados apresentaram variações positivas na passagem de fevereiro para março. O grupo Alimentação e Bebidas tiveram o maior impacto no índice do mês, com alta de 1,17% e contribuição de 0,25 p.p. para o IPCA. Dentro deste grupo, destacaram-se aumentos no preço do tomate (22,55%), ovo de galinha (13,13%) e café moído (8,14%). Por outro lado, o óleo de soja (-1,99%), arroz (-1,81%) e carnes (-1,60%) tiveram quedas.

A alimentação fora do domicílio também acelerou, com alta de 0,77%, influenciada principalmente por variações em refeições (0,86%) e cafezinho (3,48%).

Outros Grupos de Destaque
No grupo Despesas Pessoais (0,70%), a alta foi impulsionada pelo aumento nos preços de cinema, teatro e concertos (7,76%) após o fim da semana do cinema, em fevereiro.

O grupo Transportes (0,46%) teve um impacto relevante devido ao aumento nas passagens aéreas (6,91%) e combustíveis (0,46%), embora esses aumentos tenham desacelerado em relação a fevereiro. A gasolina variou 0,51%, ante 2,78% no mês anterior.

No grupo Habitação, a variação foi de 0,24%, com destaque para a desaceleração da energia elétrica residencial, que passou de 16,80% em fevereiro para 0,12% em março.

Análise Regional
Em termos regionais, a maior variação foi registrada em Curitiba e Porto Alegre (0,76%), devido ao aumento da gasolina. A menor variação ocorreu em Rio Branco (0,27%), impulsionada pela queda nas passagens aéreas (-16,01%) e em Brasília (0,27%), devido à redução no preço do ônibus urbano (-24,18%).