
IPCA desacelera para 4,56% em 12 meses até janeiro
Desempenho geral do IPCA
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou alta de 4,56% nos últimos 12 meses até janeiro de 2025. O resultado ficou abaixo das expectativas do mercado, que projetavam 4,57%, e da taxa registrada nos 12 meses anteriores, de 4,83%.
Na comparação mensal, o IPCA avançou 0,16% em janeiro, em linha com as projeções e inferior à variação de dezembro, que foi de 0,52%.
Principais influências no índice
Os grupos com maior impacto no IPCA de janeiro foram:
- Transportes: alta de 1,30%, com impacto de 0,27 ponto percentual (p.p.).
- Alimentação e bebidas: alta de 0,96%, com impacto de 0,21 p.p.
Já o grupo Habitação apresentou queda de 3,08%, com impacto de -0,46 p.p., ajudando a conter o avanço do índice no mês.
Destaques do grupo Transportes (1,30%)
A alta nos Transportes foi impulsionada pelo aumento nos preços das passagens aéreas (10,42%) e do ônibus urbano (3,84%). Os reajustes nas tarifas do transporte público nas capitais influenciaram o índice:
- Ônibus urbano: aumentos em diversas cidades, incluindo São Paulo (13,64%), Rio de Janeiro (9,30%) e Belo Horizonte (9,52%).
- Táxi: alta de 1,83%, com reajustes em Salvador (4,21%) e Rio de Janeiro (6,64%).
- Trem e metrô (São Paulo): reajuste de 4,00%, refletindo aumento de 3,00% nas tarifas.
- Combustíveis: gasolina (0,61%), etanol (1,82%), óleo diesel (0,97%) e gás veicular (0,43%).
Grupo Alimentação e bebidas (0,96%)
O setor registrou sua quinta alta consecutiva, com aumento de 1,07% na alimentação no domicílio. Alguns dos principais produtos que subiram foram:
- Cenoura: 36,14%.
- Tomate: 20,27%.
- Café moído: 8,56%.
Por outro lado, a batata-inglesa (-9,12%) e o leite longa vida (-1,53%) apresentaram queda.
A alimentação fora do domicílio desacelerou para 0,67%, com lanches (0,94%) e refeições (0,58%) registrando variações menores em relação a dezembro.
Grupo Habitação (-3,08%)
A principal contribuição para a queda desse grupo veio da energia elétrica residencial, que recuou 14,21% em janeiro, impactando o IPCA em -0,55 p.p. Essa redução decorre da aplicação do Bônus de Itaipu nas contas de energia do mês.
Outros destaques do grupo:
- Taxa de água e esgoto: reajustes em cidades como Belo Horizonte (5,64%) e Campo Grande (5,59%).
- Gás encanado: aumento de 4,71% no Rio de Janeiro, enquanto São Paulo registrou uma redução de 1,41%.
Índices regionais
Entre as capitais pesquisadas, Aracaju apresentou a maior variação no IPCA de janeiro (0,59%), devido à alta das passagens aéreas (13,65%). Por outro lado, Rio Branco teve a menor variação (-0,34%), influenciada pela queda na energia elétrica residencial (-16,60%).