Banco Central Eleva Selic para 13,25%, em Linha com as Expectativas
O Banco Central do Brasil elevou a taxa Selic em 1,00 ponto percentual, para 13,25% ao ano, durante a reunião de janeiro de 2025, conforme esperado pelo mercado. A decisão foi unânime e reflete a necessidade de conter as pressões inflacionárias persistentes e alinhar as expectativas de inflação ao longo do horizonte relevante da política monetária.
Contexto Econômico e Justificativas da Decisão
- Cenário Externo: O ambiente internacional segue desafiador, com incertezas sobre a política monetária nos Estados Unidos, afetando o ritmo da desaceleração econômica e da desinflação global. Bancos centrais de economias desenvolvidas continuam focados na convergência da inflação para suas metas, o que exige cautela por parte de países emergentes.
- Cenário Doméstico: A atividade econômica e o mercado de trabalho demonstram dinamismo, enquanto a inflação segue acima da meta. As expectativas para 2025 e 2026 subiram para 5,5% e 4,2%, respectivamente, segundo o Boletim Focus.
- Balanço de Riscos: O Comitê identificou riscos para a inflação, como a possibilidade de uma desancoragem prolongada das expectativas, maior resiliência da inflação de serviços e impacto das políticas econômicas externa e interna. Entre os riscos de baixa, destacam-se a desaceleração da atividade doméstica e um cenário global menos inflacionário.
Perspectivas para a Política Monetária
O Copom indicou que, se o cenário econômico se confirmar, poderá realizar um novo aumento de 1,00 ponto percentual na próxima reunião. Além disso, reforçou que a trajetória da taxa Selic dependerá da evolução da inflação, das expectativas do mercado, do comportamento da atividade econômica e do balanço de riscos.
Composição do Comitê e Votação
A decisão foi tomada por unanimidade pelos seguintes membros:
Gabriel Muricca Galípolo (presidente), Ailton de Aquino Santos, Diogo Abry Guillen, Gilneu Francisco Astolfi Vivan, Izabela Moreira Correa, Nilton José Schneider David, Paulo Picchetti, Renato Dias de Brito Gomes e Rodrigo Alves Teixeira.
